“O padre fez-se meu amigo para me atacar”

PORTUGAL
Jornal de Noticias

NUNO MIGUEL MAIA E ÓSCAR QUEIRÓS

O pesadelo começou no Externato Nossa Senhora dos Remédios, em Tortosendo. “Paulo” (nome fictício) tinha 16 anos e, a partir de certa altura, em vez de se dedicar aos estudos – estava no 9.°ano – e brincadeiras com amigos, nas aulas estava “distraído” e fora delas vagueava sisudo e sozinho por corredores e recreio.

Andava angustiado porque em casa os pais viviam de costas voltadas, fazendo-o temer pela separação. “Sentia-me muito mal”, conta ao JN, emocionado, recordando esses dias. A amargura era tanta que decidiu desabafar com uma professora. Esta encaminhou-o para o colega de Religião e Moral, o padre Luís Mendes, “pessoa preparada para essas coisas” e que até tinha gabinete próprio para o efeito. Paulo aceitou a sugestão. Estávamos em 2008. Hoje, cinco anos volvidos, ainda se amaldiçoa por tê-lo feito. É vítima de coação sexual, no processo do padre Luís, cujo julgamento se inicia amanhã no Tribunal do Fundão.

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